Para quem está pensando em anular o voto e divulga essas
companhas no Facebook, é importante ficar claro que a validade da votação - ou
o número de votos válidos - na eleição majoritária não é aferida sobre o total
de votos apurados, mas leva em consideração tão somente o percentual de votos
dados aos candidatos desse pleito, excluindo-se, portanto, os votos nulos e os
brancos, por expressa disposição do art. 77, § 2º, da Constituição Federal.
A política não é só voto, mas ele é uma peça importante para
decidir os rumos do seu país e de sua cidade
e não exclui outras formas de ação política.
A história do voto NULO
Na história, o voto nulo já foi uma bandeira ideológica. Era
uma idéia básica dos anarquistas, um dos movimentos utópicos que nasceram no
século 19 e fizeram sucesso no começo do século 20. Para eles, votar nulo era
uma condição para manter a própria liberdade, se recusando a entregá-la na mão
de um líder. Anarquistas como o filósofo francês Pierre-Josef Proudhon não viam
grande diferença entre reis tiranos que oprimiam seus súditos e presidentes
eleitos pela maioria. “Não mais partidos, não mais autoridade, liberdade
absoluta do homem e do cidadão”, pregava Proudhon. O sonho dos anarquistas era
uma sociedade organizada pelas próprias pessoas, sem funcionários, sem
autoridades e sem líderes
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